Você sabe o que é solo grampeado? Ou então solo pregado? Ambos os termos têm o mesmo significado e, você pode não conhecer por nome, mas com certeza já passou e passa diariamente por um. Usado em obras de encostas, estradas e túneis, o solo grampeado é uma técnica antiga para estabilizar solos.
No artigo de hoje, vamos te contar um pouco mais sobre o solo grampeado, suas vantagens e o seu processo de execução. Quer conferir todos esses detalhes? Então continue acompanhando este conteúdo até o final! Aproveite.
O que é solo grampeado?
O solo grampeado, conhecido também por solo pregado ou soil nailing, é uma técnica de chumbamento de solo. Ela consiste em realizar a contenção, melhorias ou reforços de taludes, utilizando chumbadores, drenagem e concreto projetado.
Ou seja, no solo grampeado os chumbadores, promovem de maneira geral a estabilização dos componentes maciços, enquanto o concreto projetado oferece a estabilidade local necessária para a contenção.
Os chumbadores, neste caso, são peças lineares passivas e resistentes, conhecidas como grampos. Esses, por sua vez, são enterrados inclinados ou em posição horizontal nos maciços, formados por tubos ou barras de aço e envoltos por calda de cimento.
A função desse conjunto de elementos é evitar o deslocamento do maciço de solo, causado pelo aumento das forças internas que vão em direção contrária ao sistema de acomodamento.
Em contrapartida, os grampos são ligados a um sistema de revestimento, garantindo assim, a estabilidade necessária para a superfície do declive. Na maioria das vezes, esse sistema é constituído pelo concreto projetado e uma malha metálica, geralmente, de aço.
Esse revestimento final é fundamental para o sucesso da técnica de solo grampeado. Seu principal objetivo é controlar e diminuir possíveis erosões, além de evitar a queda de pedras e rochas, garantindo a estabilidade.
Quando surgiu a técnica?
Presente em obras como as de túneis, estradas, remediação de deslizamento e muitas outras, o método surgiu na Europa, em 1972, ainda no século XX. A primeira construção documentada em que a técnica foi utilizada é de um talude ferroviário localizado próximo à cidade de Versalhes, na França. Enquanto no Brasil, o método se popularizou na próxima década, estando presente, por exemplo, na obra da Rodovia dos Imigrantes.
Quando utilizar a técnica do solo grampeado?
Antes de mais nada é essencial ressaltar que, antes de escolher o solo grampeado como método de contenção, é importante analisar detalhadamente amostras do solo em que ele será empregado. Essas análises podem ser feitas por meio de ensaios, estudos topográficos ou sondagem.
Dito isso, vamos à resposta da pergunta que iniciou este tópico: quando utilizar a técnica do solo grampeado?
A recomendação é que ele seja escolhido e executado na contenção de barreiras (taludes) de corte, que estejam presentes acima dos lençóis freáticos e contenham solos coesivos. Apesar dessa ser a principal indicação, existem ainda outras aplicações. Confira abaixo algumas delas:
- Recuperar antigas estruturas de contenção;
- Estabilizar declives naturais, com inclinação entre 45º e 70º, apresentando possibilidade de instabilidade;
- Conter escavações permanentes ou temporárias, como fundações de prédios, túneis, cortes para implantação de rodovias e estradas, entre outras.
Vantagens do solo grampeado
Apesar de existirem outras técnicas de contenção, o solo grampeado apresenta algumas vantagens quando comparado a elas, sendo a melhor alternativa para as aplicações já destacadas.
Conheça alguns pontos positivos de escolher essa solução:
- Execução mais rápida;
- Processo de execução menos complexo;
- Melhor custo-benefício;
- Boa adaptação às condições locais, facilitando o acesso a lugares de difícil acesso;
- Pode ser adaptado, conforme andamento do projeto;
- Pode ser executado em solo heterogêneo;
- Não necessita de grande quantidade de materiais e equipamentos de construção;
- Possui estrutura compacta e com alta flexibilidade;
- Se comporta bem em caso de deformações ou recalques.
Importante destacar que esses pontos só serão considerados vantagens, quando seguir corretamente as aplicações e execuções adequadas. Caso contrário, poderá afetar o projeto e o resultado final.
Solo grampeado: execução
No solo grampeado, sua execução segue como base três etapas: escavação, inserção dos grampos e revestimento com concreto projetado.
Na escavação é realizado o corte do solo, considerando a geometria do projeto. Normalmente, as escavações são feitas em bancadas que possuem profundidades entre um e dois metros.
Essas medidas são definidas conforme o tipo de solo, afinal, nem todos podem ser grampeados. Por exemplo, um solo de areia compacta e com coesão aparente, deverá ser grampeado com 1,5 m de profundidade.
Durante essa etapa o solo deve se manter estável. Mas, ainda assim, é possível que surjam alguns problemas de instabilidade local, referentes a atura do solo escavado. Nesses casos, deve-se observar se o solo está se sustentando pelo período determinada, caso não, é necessário que a área recém escavada seja estabilizada novamente e de maneira imediata.
Depois que o solo foi escavado e pré-estabilizado, é o momento de fazer o grampeamento do solo. Nesta etapa podem ser utilizados dois tipos de grampo: os cravados e os injetados. No Brasil, o modelo mais usado é o grampo injetável. É nessa fase que as barras de aço são instaladas, juntamente com os grampos, realizando o chumbamento e aplicação de injeções de calda de cimento. Importante ressaltar que o cimento e outros materiais utilizados não sejam agressivos aos grampos.
Por fim, depois da aplicação de todas as injeções previstas no planejamento e projeto, é feito o revestimento do concreto projetado. Ele pode ter várias camadas e serve como finalização do projeto, garantindo ainda mais estabilidade e segurança para o resultado final.
Existe norma específica para a execução do solo grampeado?
Até o momento não existe uma norma ABNT específica para a execução do solo grampeado. Mas, ainda assim, as construtoras e empresas responsáveis pelos projetos seguem determinações recomendadas para as perfurações e injeções utilizadas na execução do chumbamento.
É importante também que sigam os procedimentos e técnicas apresentados no manual fornecido pela ABEF – Associação Brasileira de Empresas de Engenharia de Fundações e Geotécnica.
O que você precisa saber sobre o solo grampeado?
Depois de entender o que é o solo grampeado, sua implantação e vantagens, é preciso, ainda, te apresentar mais algumas informações importantes que abrangem tanto o projeto quanto sua execução. Então vamos lá!
Em relação ao projeto
Quando falamos sobre o projeto e sua dimensão, é importante que os grampos sejam calculados e distribuídos ao longo de toda a superfície da barreira que será estabilizada. Durante esse processo você deve considerar a geometria da inclinação, as propriedades mecânicas do solo e, claro, as propriedades mecânicas dos grampos utilizados.
Considere, também, que as aberturas direcionadas aos chumbadores precisam ser dimensionadas de maneira detalhada e cuidadosa, visto que qualquer erro pode comprometer toda a estabilidade do projeto.
Por fim, pense na drenagem da água. Assim como em outros processos de contenção é importante se atentar a drenagem. Isso porque o acúmulo de água pode causar danos estruturais graves e colocar em risco o projeto. Sendo assim, realize estudos e análises hidrológicas onde a obra será executada e crie planos de ação que evitem esse problema.
Nesse ponto você pode seguir por dois caminhos. O primeiro é fazer com que a drenagem seja realizada de maneira superficial, ou seja, por descidas de água e canelas. A segunda alternativa é que ela seja realizada por meio de drenos horizontais, no próprio terreno.
Em relação à execução
Já quando falamos sobre as técnicas de execução, você já deve saber que é indispensável considerar as particularidades do projeto. Uma vez que o solo é bem conhecido, as chances de erros diminuem significativamente. Isso faz com que a execução de cada etapa do solo grampeado seja mais simplificada e que você tenha todos os detalhes para orientar a equipe.
Geralmente, as execuções do solo grampeado são feitas de maneira progressiva, ou seja, de cima para baixo, compostas por diferentes fases.
Por exemplo, durante a escavação do solo é essencial que ele seja cortado e realizada as adaptações necessárias para que seja atingida a geometria proposta no projeto. Outro detalhe que não pode ser deixado de lado é que, no caso dos grampos serem injetados, o mais comum no país, é necessário realizar um pré-furo que corresponda ao diâmetro e comprimento do projeto e só depois serão adicionadas as barras de aço.
Só depois disso é realizada a etapa de revestimento da superfície. Para isso você pode utilizar diferentes alternativas, mas o comum é que sejam utilizadas malhas de aço soldadas e concreto projeto. O processo é repetido até que seja atingido nível adequado e previsto no projeto.
Conheça o CB Coplas: a solução perfeita para o seu solo grampeado
O solo grampeado pode ser uma excelente alternativa para a contenção e reforços de solos localizados em taludes (barreiras) naturais e, até mesmo, naqueles que já foram escavados anteriormente, mas que por algum motivo não deram certo.
E agora que você já sabe que o solo grampeado é uma técnica construtiva que pode ser aplicada em alguns projetos de construção de estradas, rodovias, túneis, entre outras. Incluindo que seu objetivo é fazer a contenção de declives naturais, com diferentes tipos de solos, que tal conhecer a solução perfeita que a Coplas desenvolveu para esse momento?
O centralizador de barra de aço, ou Carambola CB, é um produto exclusivo que tem como principais funções: garantir o cobrimento da calda de cimento, facilitar o deslizamento das barras de aço pelos furos e centralizar os chumbadores utilizados para grampear o solo.
A solução é perfeita para projetos com solo grampeado, isso porque, o CB é envolvido nas barras de aço e preso em suas extremidades, ajustando o cobrimento desejado com o auxílio de arame recozido. Além disso, ele contribui significativamente para a estabilização do solo, garantindo que os chumbadores fiquem centralizados e que o cobrimento da calda de cimento seja realizado corretamente.
Com as soluções Coplas você se certifica de que o seu projeto de obra terá toda a segurança, qualidade e performance necessárias para garantir o sucesso final. Ah, não esqueça que a orientação e desenvolvimento deste tipo de projeto deve contar com profissionais especializados, como calculistas, engenheiros e arquitetos, além de materiais e equipamentos de alta qualidade e desempenho. Só assim, irá garantir a estabilidade e contenção desejada.
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