Cortina atirantada e tirante: conheça mais sobre essa técnica de contenção

Você pode não saber ou ter dúvidas sobre o que é cortina atirantada, mas com certeza já encontrou com uma pelo seu caminho. Afinal, essa é uma das principais e mais modernas técnicas de estabilização e contenção de solos com áreas de coberturas expansivas e necessitam de contingência, tanto para taludes naturais quanto para os de corte. 

Mas, como funciona esse processo de contenção? Durante sua aplicação é utilizado um método claro e objetivo, visando fornecer, de forma definitiva ou temporária, a pressão essencial para que o solo permaneça estabilizado. Isso só é possível por conta das etapas de construção das famosas cortinas atirantadas, formadas por perfurações no solo e inserção de tirantes. 

Quer entender melhor sobre as cortinas atirantadas, suas vantagens, execução e conhecer a solução Coplas ideal para tornar os resultados dessa técnica ainda melhor? Então continue acompanhando este artigo até o final!

O que é cortina atirantada?

A cortina atirantada é uma técnica muito famosa para contenção de solos. Considerada um componente construtivo, ela é projetada em um padrão vertical de taludes e paredes de escavação, utilizada para controlar o esforço de empuxos do solo. Dessa forma, a cortina atirantada é constituída para conter deslizamentos ou desabamentos. 

Os componentes utilizados nas cortinas atirantadas, geralmente, consistem em painéis que são pressionados por tirantes contra suas vertentes, chamadas também de encostas. 

Por exemplo, quando uma área é escavada, o comum é que a área ao lado se desloque para o espaço escavado. Assim, se torna fundamental contar com sistemas de contenção para manter o solo no lugar adequado e é aí que entra o atirantamento.

Quanto mais profundo for o processo de escavação, menores são as chances de uma contenção simples suportar o esforço do solo. Por isso, são utilizadas cortinas atirantadas, uma vez que elas contribuem para suportar os esforços exercidos pelos solos. 

Vale destacar que a cortina atirantada se classifica como obra de infraestrutura. Sendo assim, é empregada principalmente em construções de subsolos ou projetos rodoviários, podendo ser utilizada também em terrenos que possuem alta carga que precisa ser contida, ou quando o solo apresenta baixa resistência à sua estabilidade.

O que é um tirante?

O tirante é uma peça composta por elementos que são resistentes à tração, como as barras de aço ou cordoalhas e, mais recentemente, plásticos tratados especialmente com fibra de vidro. 

E, enquanto as cortinas são projetadas para serem construídas verticalmente, os tirantes são instalados de maneira horizontal, por meio dos painéis, ficando presos aos bulbos de calda de cimento presentes no interior do solo. Em um momento posterior, eles são protendidos para deter os painéis. 

Podemos resumir os tirantes como estruturas flexíveis ou semi-rígidas, que são instaladas no solo e tem a capacidade de transmitir as cargas, provenientes da tração, entre as extremidades da área. Sendo compostos por três elementos: 

  • Cabeça: a responsável por suportar a estrutura, é composta por uma placa de apoio, clavete e cunha de grau do bloco de ancoragem.  
  • Trecho Livre: é o que transfere todo o esforço da tração aplicada pela cabeça para o trecho ancorado. Aqui, o recomendado é que o aço seja isolado da calda de cimento.
  • Trecho ancorado: é o que transfere todo o esforço de tração para o terreno. É nesse momento que o aço é envolto pela calda de cimento. 

Tipos de tirantes utilizados na cortina atirantada

Os tirantes para contenção utilizados nas cortinas atirantadas podem ser divididos em duas formatos de uso:

  • Tirante ou ancoragem provisória: são aqueles retirados logo após o fim da obra, dessa forma, o esforço é redirecionado para a estrutura principal. 
  • Tirante ancoragem definitiva/permanente: são utilizadas quando é necessário um tempo superior a dois anos para a contenção. 

Como funciona a execução?

Antes de mais nada é importante ressaltar que a execução do tirante deve seguir as determinações da norma ABNT NBR 5629 (Tirantes ancorados no terreno — Projeto e execução). Ela indica os processos necessários para garantir os melhores resultados de obras que necessitam da execução de tirantes. 

Dito isso, vamos te explicar como funciona a execução da cortina atirantada com tirantes. Confira abaixo o passo a passo:

  1. Perfuração

A perfuração, que pode ser feita com diferentes sistemas, é considerado o primeiro passo. Ela consiste em realizar furos retilíneos no solo, com inclinação, diâmetro e comprimento já pré-determinados. Assim, garante que a perfuração fique alinhada e estabilizada. 

Sobre a perfuração é importante ressaltar alguns pontos. O primeiro diz respeito ao diâmetro, que deve ser realizado de maneira que o recobrimento do aglutinante (material com base de cimento, cal e outros aditivos para dar liga) sobre a base seja resistente o suficiente para garantir proteção contra desgastes ou corrosão. 

O segundo, se refere aos cuidados que devem ser tomados antes dos tirantes serem instalados. É essencial que durante o processo seja certificado que os espaços correspondam a posição determinada no projeto. Qualquer erro, pode prejudicar significativamente a obra. 

Por fim, é importante que antes de realizar a perfuração no solo, seja feita uma análise do recobrimento de terra sobre a área de ancoragem. É nessa avaliação que é identificado se o trecho de ancoragem do tirante é o suficiente para o projeto previsto. 

  1. Instalação 

Depois de realizada a perfuração e se certificar de que as dimensões estão corretas, é hora de instalar os tirantes. Para isso, os furos devem ser preenchidos de baixo para cima, utilizando a calda de cimento, ou o aglutinante escolhido. 

Vale ressaltar que o revestimento só poderá ser removido depois que o preenchimento do furo com a calda de cimento que forma o bulbo de ancoragem para a introdução dos tirantes. 

Outro detalhe é que o tirante pode ser instalado tanto antes, quanto depois do furo ser completado para formar o bulbo. Caso o preenchimento seja feito antes, o tirante deve ser instalado no mesmo instante, logo após a injeção da calda de cimento ou aglutinante. 

  1. Injeção

A injeção nada mais é do que o processo realizado para fixar o tirante. Ela consiste na inserção, feita sob pressão, na maioria das vezes, da calda de cimento, podendo ser feita com outros tipos de aglutinantes. 

Ela pode ser feita de duas formas: em uma só fase, preenchida diretamente, ou em múltiplas fases. No segundo caso, a injeção é executada utilizando válvulas que permitem a reinjeção do produto, por meio de um tubo com válvulas especiais. Nesse caso, a injeção só é feita se o furo aberto no solo estiver completamente preenchido e não prejudicar a capacidade de carga do tirante. 

  1. Protensão dos tirantes

Na etapa de protensão, os elementos resistentes são tensionados. Assim, quando soltos, tentam voltar ao seu comprimento original, exercendo forças que os ajudam a segurar e suportar os esforços da cortina de contenção. 

Os esforços exercidos nesse momento devem ser semelhantes à direção do eixo onde está o tirante e devem ser aplicadas utilizando equipamentos como macaco, manômetro ou bomba hidráulica. 

  1. Serviços Finais

Por fim, após as instalações e análises da área, o tirante deverá receber em seu trecho livre e na cabeça uma injeção especial em seu trecho livre e na região da cabeça. Dessa forma, preenchendo todos os espaços vazios que sobraram. Essa etapa é muito importante, visto que esse preenchimento é a melhor maneira de evitar qualquer possibilidade de que infiltrações atinjam os elementos resistentes à tração.

A injeção final pode ser de qualquer material que não seja desfavorável aos elementos resistentes, sendo a aplicação mais comum a calda de cimento. É, ainda, indicado que seja efetuado um revestimento de argamassa ou concreto com no mínimo dois centímetros de espessura.

Mais uma informação importante a ser destacada, o processo de execução da cortina pode ser feito de duas formas: descendente ou corte, de forma que respeite a retirada em etapas do solo, evitando riscos de instabilidade. Ou em ascendente, conhecido também como aterro. Essa escolha é definida com base no projeto e características do solo. 

Onde as cortinas atirantadas com tirante são aplicadas?

Nos projetos de engenharia e construção, as cortinas atirantadas são aplicadas, principalmente em casos onde é necessário combater e controlar os esforços de tração entre os elementos. 

Por ser considerada uma obra com estrutura mais robusta, a cortina atirantada acaba sendo indicada para projetos maiores, como aqueles que possuem maior investimento. Sendo assim, o mais comum é que essa técnica seja empregada nas seguintes situações: 

  • Contenção de subsolos como túneis, edifícios, estações de metrô;
  • Contenção de encostas;
  • Lajes de subpressão;
  • Chumbamento em superfícies rochosas;
  • Entre outras que necessitem de alta resistência. 

Vantagens das cortinas atirantadas

Como você pôde perceber até aqui, as cortinas atirantadas são sistemas que utilizam tirantes em sua base para conter a estabilidade do solo. Com base nisso, fica claro que uma de suas vantagens é a resistência e capacidade de permanecer estável, mesmo com os esforços contrários do solo. 

Mas não é só isso! As cortinas atirantadas possuem muitas outras vantagens, confira algumas delas abaixo: 

  • É recomendada para diferentes níveis de altura;
  • Pode ser utilizada independentemente da situação em que o terreno se encontre;
  • Não é necessário fazer cortes superiores à estrutura;
  • Oferece altos níveis de segurança;
  • Possui alta durabilidade.

Conheça a solução Coplas ideal para solo com tirante

Chegamos ao final de mais um artigo no blog da Coplas! Nele você conseguiu aprender um pouco mais sobre a cortina atirantada, seu processo de execução, vantagens e como os tirantes são utilizados em fundações que necessitam de contenção dos solos.

Ainda assim, gostaríamos de destacar que para a sua obra ser um sucesso e, você ter o mínimo de dor de cabeça possível, é fundamental contar com excelentes matérias-primas e materiais durante todas as etapas do projeto, além de equipamentos com alto desempenho e tecnologia avançada. São eles que vão garantir a resistência necessária para a contenção dos elementos. 

Agora, aqui na Coplas, você pode contar com o Disco para tirante CBD, a nossa mais nova solução que vai garantir a qualidade, resistência e durabilidade do seu projeto. Com ele você consegue centralizar a válvula manchete, manter o alinhamento das cordoalhas e barras de aço, além de garantir o cobrimento ideal da calda de cimento em volta dos tirantes. 
Sem contar que o CBD suporta a pressão do deslocamento do tirante, podendo ser aplicado tanto na contenção permanente quanto na provisória! Quer conhecer melhor sobre essa nova solução e descobrir como a Coplas oferece excelência ao seu projeto de obra? Entre em contato conosco, clicando aqui.